Dr. Plutarco Parente – Cirurgião Pediátrico

HÉRNIA INGUINAL é uma doença muito frequente, e acontece em mais de 1 em cada 100 crianças, acometendo 4 vezes mais os meninos do que as meninas. É muito mais comum em bebês prematuros: quase um terço deles tem a doença. Geralmente o que se nota é um “caroço” ou “inchaço” na região inguinal (virilha), principalmente quando a criança faz força (choro ou evacuação nos bebês).

Assim que constatada a doença, é necessário fazer a cirurgia. Ainda que algumas pessoas, por receio, pretendam aguardar o crescimento dos bebês para que eles sejam operados, esta é uma má ideia: 75% das complicações graves das hérnias inguinais (estrangulamentos) acontecem nos bebês, principalmente nos primeiros três meses de vida. Ademais, a anestesia geral em crianças pequenas é segura, desde que feita em boas condições técnicas e por anestesista habilitado. As hérnias inguinais não se curam espontaneamente, e não adianta aguardar uma melhora espontânea, que não vai acontecer.

O tratamento de uma hérnia inguinal é sempre cirúrgico, e o que o cirurgião faz, através de uma pequena incisão na virilha, é descolar o saco da hérnia das estruturas vizinhas e ligá-lo (amarrá-lo) na região de sua origem no abdômen, para que não possa mais conduzir as vísceras pelo canal da hérnia. É, normalmente, uma cirurgia ambulatorial, com internação hospitalar muito curta.

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